"E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" João 8:32

Mas o que é a verdade? Por que existem tantas religiões? Todas tem a verdade? Será que existem tantas verdades assim?
Segundo a Bíblia, João 17:17 diz que a Bíblia é a verdade, portanto este blog foi feito pra você que procura a verdade e aguarda ansioso pela Volta de Jesus! Seja muito bem-vindo!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

22 de Outubro de 1844

Antes de responder a interessante pergunta de mpaulo, gostaria de neste momento revisar algumas rápidas informações sobre a páscoa e sobre a lua que rege o calendário biblico ou judaico.

Para o leitor que acompanhar este debate, acredito que essas informações abaixo, serão de grande utilidade e informação.

1. A páscoa deveria ser celebrada no dia 14 do primeiro mês, ou seja, Nisan 14, mês judaico.


Moises estipulou em Lev. 23:6 a semana dos pães asmos que deveria ser comido durante uma semana, do dia 15 ao 21 do primeiro mês, ou seja, Nisan.
Este dia 15 do primeiro mês, não importa o dia da semana em que ele caia, era considerado como sábado.
Agora, sobre o dia 16 do primeiro mês, ou seja, Nisan 16, Moises disse (em Lev.23: 9-15) que o molho dos primeiros grãos novos, amadurecidos, deveriam ser movidos perante o Senhor pelo sacerdote no templo.
A apresentação do molho movido era um gesto de louvor a Deus por toda a colheita de grãos a se realizar. Isto marcava o momento que a colheita da cevada deveria começar. O apóstolo Paulo aplicou a ressurreição de Cristo como as primícias dos que dormem. I Cor. 15:20.

2. Algumas observações sobre a lua.

Hoje em dia praticamente nem notamos a lua. Temos luz elétrica e relógios de quartzo. Porém, voltando ao passado, a maioria dos calendários eram regulados pela posição que aparencia a lua. O curioso é que a palavra mês vem da palavra lua.
Originalmnte, um mês era de 29 ou 30 dias, espaço entre o primeiro aparecimento da lua crescente e o aparecimento da seguinte lua crescente.
Porém, doze meses de 29 ou 30 dias, não alcançavam os 365 e um quarto dias do nosso sistema solar. Por causa desta disparidade, os antigos, adicionavam um mês, ou seja, um décimo terceiro mês cada segundo ou terceiro ano.
Esse processo parece bastante estranho para nós em nossos dias, mas para o povo daquela época, isto era bem natural.

Séculos antes de Cristo, os babilônicos inventaram o “ciclo dos 19 anos”. Um sistema que sincronizava o calendário lunar com o calendário solar, mostrando como inserir extra meses (sete vezes durante 19 anos) ao longo dos 19 anos.
Depois que os romanos expulsaram os Judeus, as observações da lua de Jerusalém se tornaram impossíveis, portanto, os judeus devenvolveram um ciclo anual similar ao dos babilônicos.
3. A lei do grão de cevada.

As condições climáticas da região da Palestina influenciavam e muito o amadurecimento do grão da cevada. Pela razão de que o ano lunar era muito curto em comparação com o nosso 365 e um quarto dias do calendário solar, a páscoa chegava frequentemente muito cedo para a colheita da cevada. (Março é um mês que pode fazer muito frio ainda na região da palestina). Assim o décimo terceiro mês teria que ser inserido em meados do mês de março para esticar o velho ano e atrasar a páscoa e as primicias.
Portanto, com o extra-mês inserido no calendário, a páscoa viria perto da segunda lua cheia depois do equinócio em vez da primeira.
Trocando em miudos, entre os judeus, a páscoa teria que ocorrer perto da lua cheia, ou seja, perto do equinocio da primavera, porém a lua crescente e a lua cheia deveria ser perfeitamente observadas pelos observadores. Havendo, por exemplo, densa neblina, prevenindo o observador de observar os movimentos da lua, ocasionaria um atraso de um dia ou mais para o inicio do proximo mês ou festividade.
Joannes Hevelius, no seculo dezessete, explicou que a observação do intervalo da lua nova e a lua crescente pode levar poucas horas como ate quatro dias. “Ancient Jewish Calendation, pg. 260.
Portanto é muito dificil um astrônomo ou um arquiologista acertar em que anos foram inseridos o décimo terceiro mês, nos dias de hoje. Digo, que e impossivel, pela nossa distância aos tempos de Cristo, estabelecer o dia da páscoa que Ele morreu via cálculos por computador, justamente por causa das variantes da observação ocular e das variações climáticas da região.

4. Diferenças sectárias.

Jesus morreu no dia oficial em que se celebrava a páscoa, naquele ano de 31, sexta-feira, de tarde.
É possivel que houvesse na palestina diferentes grupos de judeus que observavam aquela páscoa em dias diferentes, talvez terça, quinta e sexta pelas razões acima expostas neste artigo.
Jesus e os seus discipulos prepararam o cordeiro pascoal numa quinta-feira a tarde e comeram a noite.
Os evangelistas deixam a impressão de que o que Jesus e os discipulos fizeram era o que as outras pessoas estavam fazendo, o que aparentemente não causou nenhuma surpresa.
Com essas informacoes acima em mente, vamos trabalhar com a sua pergunta:

" Por que foi fixado o ano de 1844 como o Tempo de Juizo investigativo, início do juizo.Com base em que calendário foi fixada essa data?"

O dia da expiação de 1844, para os judeus rabínicos caiu em 23 de setembro. Baseado em uma carta do escritor Robert Sanders, perguntando quando o dia da Expiação foi observado em 1844, o famoso “Karaite Corner”, Canto Caraita, karaite@netvision.net.il, através de um representante oficial, senhor Nehemia Gordon, de Jerusalem, confirmou officialmente, no dia 27 de novembro de 1998, que o dia da expiação em 1844 caiu realmente em 23 de setembro.
O rabino egipcio Youseff Ibrahim Marzork, também confirmou o que o senhor Nehemia Gordon determinou. The Gathering Call by E. S. Ballenger, May-June 1941, pp. 14-15. O rabino disse que dia da expiação caiu no mesmo dia, tanto para os rabinitas/ortodoxos bem como para o caraitas. Caraitas representam uma pequenissima seita do Judaismo que não aceitam o Talmud. São ultra conservadores. Não levando em conta as condições climaticas da região da palestina e a observação ocular dos observadores, mas aplicando o ciclo dos 19 anos, o Yoseff and Nehemia chegaram a esta data: 23 de setembro, 1844 para o yom kippur, ou seja, dia da expiação.
Entretanto, os rabinos da época de Samuel Snow, em meados de 1844, estavam a par das condições climáticas da região da palestina naqueles anos, enquanto que nós aqui no século vinte e um não temos esta informação, assim como os judeus acima citados não tem esta informação.
É muito plausivel um atraso de um mês conforme já foi explicado no príncipio deste artigo. Portanto, creio nas fontes de Samuel Snow, porque são dados coletados pelos judeus contemporãneos de Snow.
Portanto, o dia 22 de Outubro, tem toda relevância de ser afirmado como o dia da expiação, para o ano de 1844, pois não é seguro reconstituir uma data que sofre muitas alterações por razões climáticxas ou por testemunho ocular.

Conclusão

Os tipos que se referem ao segundo advento devem se cumprir ao tempo designado no culto simbólico. O dia da expiação, buscamos com os judeus, e portanto, não devemos nos assustar e devemos estar preparados caso haja certas controvérsias entre os judeus sobre determinada data.
Temos justificativa de ficarmos com o que é considerado oficial pelo estado de israel e pela maioria dos israelitas em todo o mundo, porque Jesus cumpriu, como explicado acima, os tipos da primavera na data em que a nação judaica oficialmente observava. Porém, também vejo com bons olhos aqueles que queiram seguir no sistema caraitico, porque Jesus participou da ceia com os seus discipulos em uma data seguida por um especifico grupo/seita de judeus.
Jesus está, no centro do universo, em seu santuário, e obviamente seu tempo não está necessariamente sendo regido pela rotação da terra, não há dia e nem noite no céu, a Sua glória ilumina tudo. Porém, pela fé cremos que Ele nos deixou um rumo a seguir através do entrosamento das profecias de Daniel e as leis típicas de Moises acerca do primeiro e segundo advento de Cristo.

Este site mostra mais explicitamente o assunto, se tiver o interesse, pode pesquisar nele!

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